sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PORQUÊ, TEUS OLHOS TRISTES?

De onde vêem esses olhos tão tristes
Também existem sorrisos
De onde vem teu choro calado
Também existe alegria

E existe no cantar das aves
Nas folhas que balançam suaves
Num tão suave amanhecer

Existe nos Rios que correm felizes
Pois não se sentem obrigados a correr
Têm um Mar que os espera
A paisagem de uma Primavera
Que os vê assim correr

De onde vem esse teu medo de Amar
Também existe a coragem
A vontade de se fazer tal viagem
Pelo interior dos sentidos

Tal como o beijar de uma flor
Desperta ternas formas de amor
Assim os afagos e os carinhos
Também lá são permitidos

De onde vens, trouxeste apenas tristeza
E se foi de algo que acabou
Talvez um pouco te restou
Do pouco que ainda tem beleza

E restou também saudade
Que saudade é firmeza
É inevitável certeza
De que algo bom se passou

Então alegra-te um bocadinho
Sorri, nem que seja só um pouquinho
Nem que seja só um pouco
Do resto do teu sorriso
Daquele pouco que restou

E da mesma maneira
A que a tristeza te habituou
Também criarás Hábito pela alegria
E acredita de que não haverá dia
Em que só a tristeza prevaleça

De onde vens, já tudo existia
Então volta, devolve tudo o que é triste
Tudo o que te revolta
E chega triunfante..
Verás tu, verão os outros
Que doravante os teus sorrisos
Farão parte dessa constante
Dessa mudança nos sentidos

De onde veio essa tristeza
Que teus olhos agora limparam
Ficou apenas a beleza
A saudade, que com certeza
Terás dos que te amaram

E daqueles que lá ficaram
E de onde essa saudade vem
Toda a tristeza eles deixaram
para poderem Amar também

António Portela.




Será possível nossa memória ser mais fraca que a deles ?
Como nos podemos esquecer do que fizeram por nós?
Não os ignorem, não os tratem como crianças, não os tratem como velhos. Continuam a ser pessoas, seres humanos, até ao fim, só que já passaram muito e naturalmente envelheceram, não nos irá acontecer o mesmo? Não queremos todos lá chegar ? Qual o tratamento que vamos querer então ? Baseados nessa resposta é o mesmo que lhes temos de dar agora, pensem bem nisso.

""As flores murcham, mas como posso esquecer as suas cores e o seu odor ?
E até as folhas depois de secas, enfeitam a vida e lêem os livros....
Tudo posso com o mesmo Amor do principio ao fim.
Cuidar das flores mesmo depois do cheiro..
Cuidar dos outros como cuido de mim ""

""CARTA A UM AVÔ""

Sou pequenino, tropeço nas palavras, não as digo ainda como deve de ser e tu também já não ouves como ouvias. Mas podes ler Avô, se lês o jornal e histórias para eu adormecer, também vais conseguir ler a minha carta. Gosto muito de ti Avô, gosto dos teus cabelos brancos, dos vincos da tua cara, que te dão um ar muito engraçado quando sorris. Também já te vi chorar sabes ? E não gostei Avô, acho que ficas mais velho quando choras e eu triste por te ver assim, e mais triste ainda por não perceber o porquê. Ás vezes ponho-me a pensar se não terei abusado nas minhas traquinices. Se for por isso avô, prometo estar mais sossegado quando estiver ao pé de ti. Tens sempre algo para me dar quando nos encontramos e quando me dás um rebuçado, piscas-me o olho, eu sei porquê, a minha mãe já te avisou que eu não devo abusar nas guloseimas, mas é um segredo só nosso, como tantos outros que temos. Eu percebo que regras são regras, mas percebo ainda melhor, que rebuçados são sempre rebuçados. Gosto muito de estar contigo, contas-me sempre histórias tão engraçadas. Seriam para me fazer dormir mas eu fico mais desperto ainda, não perco uma palavra delas, e sabes que, quando adormeço, sonho com elas? Gosto do beijo que me dás, quando pensas que já estou a dormir, e quando sais do quarto, sorrio por te ter enganado e te ter feito sair em bicos dos pés. Gosto da maneira como andas Avô. É engraçado ver-te a refilar com as tuas pernas, como se não te pertencessem, chamas-lhe de velhas. Eu não acho Avô, são umas pernas como todas as outras, só que, já andaram muito não é? Fico triste, quando o meu pai fala num tom mais alto para ti, eu acho que não tens culpa. Todos nós nos esquecemos de qualquer coisa, são muitas as que temos de lembrar durante o dia. Ainda ontem fechei a porta da varanda e esqueci o gato lá fora, levei um raspanete da minha mãe e chorei, mas foi mais por pena do gato. Porque será que os adultos estão sempre a correr de um lado para o outro, e a refilarem por tudo e por nada? Chegam depois à noite, cansados e só têm força para nos desejarem um até amanhã. Pouco falas não é Avô? Será porque pouco falam contigo? Eu gosto de falar contigo, e só não falo mais porque me obrigam a ir para a cama cedo. Sabes que lá na escola, a professora perguntou quais os nossos heróis favoritos? Uns disseram que era o Super-homem, outros, o homem Aranha, e até houve um que respondeu que era o homem da Pastelaria, pois cada vez que lá ia com a mãe, ele dava-lhe um bolo. E sabes qual foi o meu Avô.? Foste tu e eles riram-se, disseram-me que já não tinhas idade para andar por aí com uma capa, a salvar pessoas. Eles nada sabem, não têm um Avô como o meu, senão logo veriam. Pronto avô, a minha mãe já me espreitou da porta, a próxima visita é para me apagar a luz, e não há nãos nem senãos, impossível lutar contra ela. Amanhã entrego-te a carta, se gostares, vou-te escrever uma todos os dias. Se não gostares, por favor não te zangues comigo, não quero perder o meu melhor amigo..(e os melhores rebuçados da região). Adoro-te Avô, até amanhã, um xi-coração grande do teu neto.

Se conseguíssemos manter uma terça parte da inocência que nos torna tão maravilhosos em pequenos, o que não poderíamos fazer por quem regressou um pouco a essa idade e está tão perto de partir. Somos culpados se pelo menos não reflectirmos um pouco sobre isso, e depois, agirmos por dever e direito...

António Portela



2Gosto ·  · Promover · 

Sessão de Apresentação em Serpa do livro "UMA LIÇÃO DE AMOR""

Na impossibilidade de enviar particularmente para cada um dos amigos da página aqui fica o convite extensivo a todos para mais uma iniciativa da Associação "Grupo Serpenses no Mundo"
António Portela de seu nome completo António José Rebocho Arranhado Portela é mais um Serpense, que mesmo vivendo há largos anos longe da terra, que o viu nascer continua a ter esta terra no seu coração.
Não falte a este encontro de cultura
        Foto: Na impossibilidade de enviar particularmente para cada um dos amigos da página aqui fica o convite extensivo a todos para mais uma iniciativa da Associação "Grupo Serpenses no Mundo" 
António Portela de seu nome completo António José Rebocho Arranhado Portela é mais um Serpense, que mesmo vivendo há largos anos longe da terra, que o viu nascer continua a ter esta terra no seu coração.
Não falte a este encontro de cultura
DIZER...GOSTO

Quando caminho pelas palavras faço-o como se todas fossem minhas e de facto são. Vivo-as, percebo-as, leio nelas todas as Almas, respeito-as. Criações fantásticas de quem despende do seu tempo para para colocar à disposição do tempo dos outros todo um sentimento e uma pureza que tais palavras transmitem. Como não dar tempo então para as ler ? Como não dar uma palavra de apreço a quem divide tão nobres valores e sentires. São poemas com lágrimas, versos que sorriem, páginas de vidas que se expõem rimando ou não. Melancolias, sonhos, pesadelos e alegrias, tudo aqui desfila assim como a vida que faz lá fora. E todas elas merecem respeito, não se brinca com a Alma, nem com o Coração que a seu jeito desabafa amores e desamores. Quando caminho pelas palavras não sinto os pés no chão, sinto uma vontade imensa de fechar os olhos, ver quem escreve, rir com quem ri, abraçar quem chora, ser amigo de quem ainda não sou e deixar que a minha emoção faça parte de todo este convívio de simplicidade e partilha. Quando caminho pelas palavras guio meus passos até ao entendimento e assim ganho novas palavras, aprendo novas vidas e ensaio meus sorrisos que ofereço quando digo GOSTO. Soltem vossas palavras aqui e que este caminho se torne cada vez mais bonito e sorriam, mesmo que as palavras sejam tristes haverá sempre quem as leia e as transforme em sorrisos...Lindo dia para todos...sorriam e façam sorrir 


Lindas as noites em que os sorrisos desfilam sem serem precisos motivos. Lindos os dias em que os mesmos sorrisos preenchem tudo e todos e reduzem a um, todos os sentidos... O Amor .

""QUANTOS SONHOS MAIS""

Em quantos sonhos mais ?
Eu terei que esperar ?

Talvez quantos forem precisos
Já que aqui, dou meus passos por perdidos
Aqui, não consigo te encontrar..

Só no inconsciente, deposito minha Esperança
Pois Coração quase não sente
Minha mente, pouco presente
Regrediu e é novamente criança

Quantos sonhos mais ?
Terei que dormir eternamente ?

Pois se é para o eterno que vais
Dormirei certamente..

Quantas lágrimas trazem escritas
As mensagens que te quis enviar
Palavras, que tão bonitas
Não puderam ser ditas
Deitas assim nesse chorar

Cansado de estar só
Esperei todos estes anos
E só não parto por ter dó
De deixar tantas lembranças
Mesmo aquelas que sem esperança
Me causaram tantos danos

Quantas Estrelas deixei de admirar
Quantas vezes à Lua
Eu pedia pela presença tua
E Ela não me pode ajudar

Quantas noites à janela
Escrevendo bonitas cartas
Poemas, prosas..
Sem ninguém para lê-las
Só com a esperança de te ver chegar

E o choro que não parava
Esse dia que não chegava
A Lua que fugia de mim
O espelho, que já não me retratava

Quantos sonhos mais então ?
Para que este pesadelo acabe
Minhas cartas que esperam em vão
Que uma leitura tua as abrace
Meu Coração que procura
Numa imensidão de negrura
Ver de novo tua face

Quantos sonhos meu menino
Até que termine a procura ?
Tantos quantos forem precisos..
Tantos até me perder nos sentidos
E sem sentidos ainda
Conseguir trazer tua ternura

Tantos quantos forem precisos..
Por ti esperarei sempre..Filho

António Portela

quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Meri Viero, a minha grande Amiga Poetisa do Brasil. Tão longe e tão perto amiga. A poesia opera milagres, a Poesia é isto, Amizade, pureza e felicidade. Beijos Amiga, nesta minha montra, neste meu cantinho quero aliar a Arte da Vida à Arte de se saber viver com carinho. Todas as escritas, os poemas, as fotos, as pinturas, ficam bem mais belas assim.

DOCE FELICIDADE

Num transportar de sonhos tanta alegria,
Envolvendo horas em completa harmonia;
Em pedacinhos de uma doce felicidade,
Saboreados bem devagar com saciedade.

No aguar licoroso que escorre pelos lábios,
Em instantes perfeitos tendo a companhia;
Da vida revelando os momentos mais sábios,
Num encontro perfeito refletido em poesia.

Sonhos se fazem coloridos nas madrugadas,
Rompendo a escuridão da noite e não assusta;
E a solidão se esconde assim envergonhada,
Na certeza que a tempo foi paga suas custas.

Meri Viero

sábado, 19 de outubro de 2013





Quero ter verdadeiros amigos. aqueles que quando escrevem tem a coragem de o fazer com verdade. Aqueles que quando falam, não criticam, dão apenas a sua mais sincera opinião. Aqueles que elogiam e ficam contentes pelos feitos dos outros, ficam contentes pelas conquistas dos outros. Aqueles que aprendem com o bom e o mau. aqueles que se preocupam pelo infortúnio dos outros e que estão sempre prontos a ajudar com o que podem, materialmente ou mesmo divulgando, partilhando esse pedido de ajuda. Aqueles que incentivam, que dão força, que plantam a coragem, a fé e a Esperança na dúvida dos outros. Aqueles que choram de felicidade pela felicidade alcançada pelos outros. Aqueles que confortam as lágrimas da infelicidade dos outros, e lhes dão uma palavra de animo. Aqueles que não precisam de dizer que são Católicos, protestantes, Geovás, Muçulmanos para exibirem um craxá de boas pessoas. Aqueles que praticam as acções de que falam. aqueles que não tem vergonha de falar em Amor, um Amor incondicional, por tudo o que a vida lhes deu e que lhes pode dar. Aqueles que não são hipócritas, cínicos, invejosos, oportunistas, que dão o melhor de si e o dão com toda a certeza de que amam o que fazem. Grande povo que seríamos se não olhássemos para o lado com desdém e inveja. Grande povo que seríamos se aprendêssemos a dizer GOSTO e do que não gostamos que tirássemos pelo menos algum entendimento. Quero ser amigo daqueles que se servem das redes sociais como meio de chegarem mais perto dos que estão perdidos. também eu me senti perdido um dia e não tive ninguém que me desse um pequeno palpite sobre um possível caminho a seguir para seguir com a vida. Por isso, sei o que é batalhar sozinho e sei o que custa não desistir de tão só estar, contando apenas com as duas pessoas que me permitem ainda respirar neste Mundo. Quero nesta Página amigos com estes requisitos, se não os tiverem, não me peçam então Amizade, aprendam um pouco mais a olhar para o vosso lado com olhos de compaixão e não a olharem só para o vosso umbigo e então, depois, podem entrar e abraçar o que de melhor a vida tem..O Amor pelos outros para que tenham Amor no vosso meio

sexta-feira, 18 de outubro de 2013


Maria Mateus(Gazela Mi)
 
Amiga e Poetisa, administradora no Grupo Abrigo Poético
 
Ficam aqui as suas palavras escritas
Sensíveis
Com intenção
Com Sentimento
Com o maravilhoso sentido que só a Poesia sabe dar
Com o maravilhoso sentido que ela soube dar à sua Poesia
Bem vinda ao meu cantinho das Artes Miguita Gazela
Ao meu cantinho dos amigos
 
 
 
 
 
 
 
 
""Vou arrancar, do meu peito esta dor sem jeito ... Nesta estrada em vida amortalhada, Não quero viver... Quero alguém, que me ame, pelo ser humano que sou... Amar" é sorrir quando te quero de verdade... É dividir o pouco que tenho. Dar-te, o que ñ tens.. Amar é dor... É partilha é estar presente ainda que em pensamento.... Amar é uma dádiva da vida, Por muitos nunca sentida.
 
mariamateus
 
 
 
 
 
 
 
TOQUE DO VENTO

Canto-te num tempo
término da felicidade,
numa ausência
de mim esculpida...
pelas lágrimas perdidas
que banharam meu colo.

Nas galáxias do amor,
do teu sorriso,
colho a ternura do sol
enquanto abraço
o toque do vento.

Quanto me encantas
ao som desta harpa
que dedilho na paixão
das tuas mãos.

Maria Mateus



 


quinta-feira, 17 de outubro de 2013


Mais um Poema para juntar a esta Galeria, para abrilhantar este meu canto de amigos artistas. São Reis, minha colega Administradora deste mês de Outubro no Grupo Abrigo Poético, minha mais recente amiga, e talvez eu, o seu mais recente admirador. São momentos de leitura como este que me faz cada vez mais gostar de poesia. Mais uma Poetisa para poderem apreciar, mais um jogo de sentimentos bem escrito para que se possam identificar. Poesia é Vida, contada em lindas palavras, sejam elas tristes ou alegres e como disse Florbela Espanca ""Ser Poeta é ser mais Alto"....E a São está nessa fasquia, vendo lá do alto o motivo para as suas escritas. Continue São, é um dom que nunca devemos abandonar, já que tivemos o Dom de o termos..Até logo Poetisa..O seu Poema fica aqui muito bem..

CONFISSÃO

Vou andar contigo aqui às voltas
vou jogar-te contra as paredes do coração
deambular contigo de um lado ao outro de mim
vou jogar o teu nome contra o vento
para vez se ele me retorna o teu eco

vou perder o caminho das tuas mãos
o traço fino dos teus dedos
esquecer que invades o meu silêncio
e róis com perfume a minha alma

Vou esquecer que me és parte
que me és sangue e carne
parte do que eu respiro e como
colar de carinho com que me adorno
e vou tentar reencontrar o caminho da tua boca
como se nunca te tivesse visto
como se nunca te tivesse encontrado

vou presumir que és um estranho
que agora conheço
um olhar entre tantos outros que comigo se cruzam
um corpo que se move entre a multidão
que se afasta porque a vida assim o quer

e vou deixar-te ir...aos poucos... muito aos poucos
até que a tua imagem se dilua
até que a minha boca não saiba mais à tua
até que a minha pele cheire apenas a mim
e a ninguém mais
até que eu esqueça a curva dos teus olhos
e a forma dos teus dedos

Até que essa saudade que agora teima em doer
seja apenas algo que, cansada, eu consiga adormecer!


São Reis


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Apresento-vos aqui o meu amigo Rui Catarino. Conhecemo-nos através das nossas profissões e durante alguns anos desconhecíamos por completo as capacidades artísticas um do outro, ou na altura poderíamos chamar-lhes de um complemento de distração ao nosso trabalho. O que posso dizer do Rui ? Em primeiro lugar, uma pessoa muito educada, amante da sua família, Pai mais que baboso, não faz uma conversa sem falar da sua filhota Inês. Fotografou a segunda sessão de Apresentação do meu primeiro livro, na primeira não pode estar presente. É o meu fotografo oficial, estou a nomeá-lo sem ele saber (e sem eu saber de preços nem nada). A sua obra, quando começou a levá-la a sério, começou a correr todos os meios na Internet, tem muitas vezes a foto da semana no site de Fotografia PIXOTO. Deixo-vos aqui alguns trabalhos dele assim como uma biografia. Vão gostar com certeza, para quem sabe apreciar esta Arte da Fotografia e até para quem não é grande entendedor. Eu como Poeta sou suspeito, pois tudo posso transformar em palavras, mas por vezes não tenho palavras quando vejo algo que me faz compreender que a vida é mais bela que aquilo que vemos e pensamos. Parabéns Rui, segue em frente, tens muito mais para dar e para Repartir por todos nós e muito mais para fazeres com que a tua família se orgulhe de ti..um abraço meu amigo.



Meditação.....






Luz no Sol...



E aqui fica um pouco do que o meu amigo Rui sabe fazer...Haverá mais a dizer e a publicar sobre este Fotógrafo e com certeza que irão ouvir falar mais dele...Visitem-no nos sites acima referidos, vão ver que vai valer a pena.

sábado, 12 de outubro de 2013


ESCREVI PARATI

Quis escrever uma carta
Sem saber como começar
Cansado de tantas lembranças
As palavras dançavam à minha frente
Sem as conseguir fazer parar

Melodia de minha mente
De um Coração que quando sente
Faz das batidas uma canção
A nossa canção

Mas não era o momento
Pois naquele instante o pensamento
Pedia que escrevesse uma carta
E que falasse de Amor
Que fosse convincente
Algo para lá do normal
Que fosse para juntar de novo a gente
Tinha que ser sentimental

Que a lesses com atenção
Escrita feita com carinho
Saindo música do Coração
Caneta tremendo na mão
Lembrando paixão de menino

Quis escrever-te uma carta                                                  
Com tinta de caneta diferente
que a cor dela fosse de prata
E com cheiro de Rosa encantada                                  
Essa carta seguisse caminho
Chegasse a quem está tão ausente

Quanto eu queria, que tu a lesses
E ao lê-la que também soubesses
que sem ti não encontro destino

Responde-me assim que puderes                        
Numa escrita sem desilusão
Mas pensa bem ao escreveres
Pois como eu fiz..se também o fizeres
Uma carta tão bem escrita
De letra suave e bonita
acredita que ouvirás
De novo a nossa canção
















Responde-me então noutra carta
Mas que nela não venha um Não...



António Portela









                               
                                                  


                                                    

sexta-feira, 11 de outubro de 2013



FRUTA AMADURECIDA

Já não beijo como antigamente.
Os meus beijos são agora mais sábios,
Mais despertos, mais demorados.
Já não dou abraços à toa.
Guardo os meus abraços para aqueles
Braços que são coisa segura e boa.
Amo de maneira diferente, mais inteligente.
De olhos abertos para a mão que se oferece
Mas que leio por entre as linhas.
Hoje, só dou a quem me dá, na mesma
Medida, a resposta pretendida.

Cristina Pereira – 11/10/2013



Cristina Pereira, Poetisa no abrigo Poético, onde encontro grandes valores, pena que só os "Poetas"figuras públicas, tenham seus livros expostos nas montras das grandes livrarias onde tem boa venda e a maior parte mesmo pela razão de serem figuras públicas. Livros que depois de comprados ficam numa estante bem visíveis como se fosse um troféu de caça, mas que raramente são lidos. Depois existe gente que com sentimentos escreve e expõe o que lhe vai na Alma de uma maneira tão bela e identificável e ninguém, a não ser nas redes sociais onde são expostos esses trabalhos, tem a oportunidade de conhecer. O dinheiro, sempre o dinheiro, e a curiosidade alheia vencem tudo o que se escreve por Amor e com Amor. Se ao menos houvesse uma oportunidade de publicitarem um livro de uma pessoa desconhecida assim como publicitam a quem já tem o nome bem conhecido na praça. Tenho esperança de que estas coisas mudem. Poetas e Poetisas desconhecidos, deem a cara e lutem por verem publicadas suas obras, o que é belo pertence a todos, sai de um Ser humano para toda a humanidade, não será assim que se sustentam valores ? Não será assim que o amor poderá vencer? Tenho a certeza que sim e acredito que assim será. Obrigado Cristina por este seu poema, é uma honra tê-lo neste meu cantinho, aqui a montra é mesmo só de quem merece e não para nomes sonantes.

António Portela

quinta-feira, 10 de outubro de 2013












O MEU PECADO FOI AMAR

Não me deixei vencer
Pelas palavras que vinham de longe
Os espetros de um destino
Contados por quem não me queria bem

Pequei, eu sei que pequei...

Não, não quis perceber
Fechei meu coração
Aos perigos mundanos
Quem me poderia dizer
Ou ter então tal poder
De me causar assim
tantos danos..

Seria a morte a falar ?
Ou mensageiro cruel ?
O vento me trouxe as palavras
De todos os sentidos tão amargas
E de um sabor intenso a fel

Que mal fiz..não sei                                                                
Só sei que pequei                                                         

Mas não, não me deixei vencer
Mas abatido fiquei..
Perto, bem perto de vir a perder
Tudo aquilo pelo qual tanto lutei

Insanidade oferecida
Por ventos da desgraça
Queriam roubar-me a vida
Queriam tirar-lhe toda a graça

Se rezei a Deus ? Rezei..
Se pedi por minha alma? Pedi..
Com quantas forças gritei
Até que sem voz fiquei
E por pouco me esqueci

Tanto, mas tanto que eu dei
Tanto, que por isso pequei

Esqueci-me de quem era
E aos poucos deixei de ver
Depressão que matava minha Primavera
As folhas de um Outono que espera
Até de um Inverno que vacilava no chover

E eu já não podia ver
O que restava de mim
Mas mais forte foi meu Ser
Ou Deus, que de mim quis saber
E tudo mudou enfim

Pecado, que não era para mim
O que fiz para o merecer?
















Mas não me deixei vencer
Mais forte então fiquei
Que nem medo eu tenho mais de morrer
Pois se consegui renascer
Se meu Ser não matei
Quem virá buscar meu viver
Só Deus..cumprirá essa Lei..
E quando for assim será
Quando será..não sei..

Só sei que se pequei..
Foi por Amor..
Foi porque Amei...

António Portela