sexta-feira, 11 de outubro de 2013



FRUTA AMADURECIDA

Já não beijo como antigamente.
Os meus beijos são agora mais sábios,
Mais despertos, mais demorados.
Já não dou abraços à toa.
Guardo os meus abraços para aqueles
Braços que são coisa segura e boa.
Amo de maneira diferente, mais inteligente.
De olhos abertos para a mão que se oferece
Mas que leio por entre as linhas.
Hoje, só dou a quem me dá, na mesma
Medida, a resposta pretendida.

Cristina Pereira – 11/10/2013



Cristina Pereira, Poetisa no abrigo Poético, onde encontro grandes valores, pena que só os "Poetas"figuras públicas, tenham seus livros expostos nas montras das grandes livrarias onde tem boa venda e a maior parte mesmo pela razão de serem figuras públicas. Livros que depois de comprados ficam numa estante bem visíveis como se fosse um troféu de caça, mas que raramente são lidos. Depois existe gente que com sentimentos escreve e expõe o que lhe vai na Alma de uma maneira tão bela e identificável e ninguém, a não ser nas redes sociais onde são expostos esses trabalhos, tem a oportunidade de conhecer. O dinheiro, sempre o dinheiro, e a curiosidade alheia vencem tudo o que se escreve por Amor e com Amor. Se ao menos houvesse uma oportunidade de publicitarem um livro de uma pessoa desconhecida assim como publicitam a quem já tem o nome bem conhecido na praça. Tenho esperança de que estas coisas mudem. Poetas e Poetisas desconhecidos, deem a cara e lutem por verem publicadas suas obras, o que é belo pertence a todos, sai de um Ser humano para toda a humanidade, não será assim que se sustentam valores ? Não será assim que o amor poderá vencer? Tenho a certeza que sim e acredito que assim será. Obrigado Cristina por este seu poema, é uma honra tê-lo neste meu cantinho, aqui a montra é mesmo só de quem merece e não para nomes sonantes.

António Portela

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