O MEU PECADO FOI AMAR
Não me deixei vencer
Pelas palavras que vinham de longe
Os espetros de um destino
Contados por quem não me queria bem
Pequei, eu sei que pequei...
Não, não quis perceber
Fechei meu coração
Aos perigos mundanos
Quem me poderia dizer
Ou ter então tal poder
De me causar assim
tantos danos..
Seria a morte a falar ?
Ou mensageiro cruel ?
O vento me trouxe as palavras
De todos os sentidos tão amargas
E de um sabor intenso a fel
Que mal fiz..não sei
Só sei que pequei
Mas não, não me deixei vencer
Mas abatido fiquei..
Perto, bem perto de vir a perder
Tudo aquilo pelo qual tanto lutei
Insanidade oferecida
Por ventos da desgraça
Queriam roubar-me a vida
Queriam tirar-lhe toda a graça
Se rezei a Deus ? Rezei..
Se pedi por minha alma? Pedi..
Com quantas forças gritei
Até que sem voz fiquei
E por pouco me esqueci
Tanto, mas tanto que eu dei
Tanto, que por isso pequei
Esqueci-me de quem era
E aos poucos deixei de ver
Depressão que matava minha Primavera
As folhas de um Outono que espera
Até de um Inverno que vacilava no chover
E eu já não podia ver
O que restava de mim
Mas mais forte foi meu Ser
Ou Deus, que de mim quis saber
E tudo mudou enfim
Pecado, que não era para mim
O que fiz para o merecer?
Mas não me deixei vencer
Mais forte então fiquei
Que nem medo eu tenho mais de morrer
Pois se consegui renascer
Se meu Ser não matei
Quem virá buscar meu viver
Só Deus..cumprirá essa Lei..
E quando for assim será
Quando será..não sei..
Só sei que se pequei..
Foi por Amor..
Foi porque Amei...
António Portela
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